Dívida Externa Brasileira

Dívida Externa 2003-2013

Mariana Carneiro (FSP, 11/05/13) informa que, desde a crise financeira de 2008, que provocou uma parada súbita nas linhas de crédito internacionais, a dívida externa brasileira aumentou 60%, impulsionada pelo endividamento das empresas.

A dívida das instituições financeiras no exterior praticamente dobrou entre dezembro de 2008 e este ano. No mesmo período, as empresas não financeiras aumentaram sua exposição em moeda estrangeira em 72%.

A dívida externa do governo, desde a crise de 2008, praticamente não se alterou, subiu de US$ 63 bi para US$ 65 bilhões.

Com isso, o endividamento externo do país subiu do equivalente a 12% do PIB (Produto Interno Bruto) para 13,9% neste ano, após quatro anos de relativa estabilidade.

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Economia Brasileira: Semi-Madura

Dani Rodrik 2

Quando eu digo algo incomum entre meus pares economistas, naturalmente, sou sumariamente ignorado. Olham-me no máximo com a cara indagadora tipo “Mas quem ele pensa que é?!” Penso que sou um pobre blogueiro tupiniquim. Mas quando vejo, depois de certo tempo, que algum “economista renomado” está expressando, em inglês, exatamente o conteúdo do que eu tentei dizer antes, em português, não posso deixar de rir para mim mesmo…

O Brasil não voltará a crescer entre 7% e 8% ao ano“, diz o economista Dani Rodrik, 55, professor de política econômica internacional da Universidade Harvard e um dos maiores especialistas em Economia do Desenvolvimento.

Segundo Rodrik, o ambiente global benéfico — alto crescimento da China, elevados preços das commodities, países avançados em expansão — não vai se repetir. “É realista esperar uma taxa de crescimento de 3% a 4% no Brasil”, disse Rodrik à FSP (08/05/13). Aprecio o pragmatismo dele: “Vivemos no mundo possível, não no mundo doutrinário.

Segundo ele, a fase de alto crescimento no mundo acabou. O Brasil, com instituições democráticas sólidas, é resiliente. “Mas o país não deve ser excessivamente ambicioso, precisa ser cuidadoso, fiscalmente seguro, para lidar com os choques externos que provavelmente virão.”

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