Ana Valéria Carneiro Dias, Simone Vasconcelos Ribeiro Galina e Flavio D’Angelo Silva, pesquisadores da Universidade de São Paulo – Departamento de Engenharia de Produção, mostram que as relações entre os fornecedores de vários níveis e as montadoras na cadeia automobilística brasileira são indicados na figura acima. Observa-se que poucos fornecedores em todos os níveis de fornecimento se relacionam diretamente com a montadora, exceto fornecedores de vidros e óleos.
O setor de autopeças, em sua maioria, é cliente de produtores de matérias-primas básicas, normalmente grandes empresas até bem pouco tempo sob controle do Estado brasileiro. Isso deixa o setor entre dois setores oligopolizados.
O relacionamento direto de fornecedores da base indica um elevado grau de integração vertical, tendência esta predominante na indústria automobilística brasileira no passado. A tendência atual indica para o fornecimento de conjuntos e, principalmente, de sistemas.
As empresas automobilísticas, em sua maioria, abandonam a produção de componentes e a montagem de pequenos conjuntos, dedicando-se à montagem de grandes sistemas no veículo. Existem casos de empresas que adquirem sistemas e o serviço de montagem sobre a plataforma do veículo. Continuar a ler