
Os quatro anos de um governo de extrema-direita incapaz de relacionamento externo mergulharam o Brasil em um nível de isolamento inédito na história recente do país. A política externa teve a marca do ex-chanceler Ernesto Araújo, diplomata incompetente alçado ao comando do Itamaraty. O idiota, sem consciência do mal feito a si e ao país, liderou a agenda antiglobalista responsável por rebaixar o Brasil a pária internacional – posição da qual o próprio disse ter orgulho.
Araújo ficou à frente da pasta por dois anos e quatro meses e só perdeu o emprego porque Bolsonaro foi pressionado pelo Centrão no Congresso, preocupado com a repercussão da retórica do ex-chanceler sobre a pauta de exportações do agronegócio. Em uma escolha pragmática, o presidente nomeou como substituto Carlos França. Chegou ao comando da diplomacia brasileira sem jamais ter liderado sequer uma embaixada.
Durante seu mandato, Bolsonaro visitou Rússia, Índia e China, três membros do BRICS, mas deu maior espaço para países governados então pela extrema-direita, como Hungria e Polônia. Na Rússia, esteve com Vladimir Putin dias antes da invasão da Ucrânia e chegou a sugerir que poderia ter interferido para evitar a guerra. 🙂 🙂 🙂