Valer ler e comparar a entrevista que Reinaldo José Lopes fez com a psicóloga Susan Pinker (FSP, 08/12/17) sobre a convivência social com a do filósofo e professor universitário Mario Sergio Cortella (DW Brasil, 11/12/17). Ele apresenta o argumento que a instantaneidade e a conectividade das mídias sociais fomentam um ambiente hostil em que todos têm “alguma opinião sobre algo, mas poucos têm fundamentos refletidos e ponderados para iluminar as opiniões”.
Ter milhares de amigos nas redes sociais da internet pode ser divertido e estimulante, mas as conexões que realmente fazem diferença para a saúde, a longevidade e a qualidade de vida são as que acontecem cara a cara. Contato humano direto e frequente é uma necessidade biológica básica, como comer e dormir, defende a psicóloga canadense Susan Pinker, 60 anos.
Responsável pela última conferência deste ano do ciclo de palestras Fronteiras do Pensamento, que aconteceu em Porto Alegre e São Paulo, Pinker é especialista em Psicologia do Desenvolvimento e lecionou durante 25 anos em instituições como a Universidade McGill, em Montreal, onde nasceu. Os dados que colheu sobre a importância das redes sociais robustas no mundo real estão reunidos em seu livro mais recente, “The Village Effect” (“O Efeito Vilarejo”), publicado em 2014.
Susan, que é irmã de outro psicólogo célebre (Steven Pinker, da Universidade Harvard), explica o efeito protetor da religião para a saúde. Fala também da importância e dos perigos de usar a Teoria da Evolução para estudar a mente humana. Continuar a ler