
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no ano passado fechou com uma inflação de 5,8%, ante uma expectativa mediana do mercado de 5,6%. Não fossem as desonerações promovidas em meio à corrida eleitoral, principalmente na gasolina, esse número poderia ter ficado mais perto de 8% a 9%, estimam economistas.
Na avaliação dos especialistas, 5,8% ainda é uma inflação elevada, embora represente desaceleração significativa ante os 10,1% de 2021 e o pico de 12,13% alcançado no acumulado em 12 meses até abril. A meta para 2022 era de 3,5%, com tolerância de até 5%.
Os últimos meses do ano passado foram de desaceleração da alta acumulada em 12 meses pelo IPCA. Ela permaneceu em dois dígitos de setembro de 2021 (10,25%) a julho de 2022 (10,07%). A projeção para o ano chegou a ser bem maior do que o de fato observado, mas cedeu, principalmente, depois de Bolsonaro reduzir e/ou zerar impostos sobre itens de peso na cesta.