

Armínio Fraga, ao completar cinco dias úteis do novo governo Lula, em entrevista à Folha de S.Paulo (07/01/23) cobra: “mesmo caso não se ajoelhe no milho e se faça um mea-culpa — dificilmente um político faz esse tipo de coisa —, seria bom o Partido dos Trabalhadores se mostrasse através da prática as lições terem sido aprendidas”.
Ora, ele não consegue enxergar a “autocrítica” através dos gestos – e não do verbo? A base petista já criticou muito o erro do estelionato eleitoral, cometido em 2015, com a nomeação de um economista neoliberal (Joaquim Levy), como é Fraga, para o segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff.
A autocrítica do desastre provocado pela volta da Velha Matriz Neoliberal – choque de tarifas e preços administrados, choque cambial, choque inflacionário e choque de juros –, cujo Tripé Macroeconômico é criação do Armínio Fraga, quando foi presidente do Banco Central do Brasil (1999-2002), foi realizado novamente. Agora, seis anos depois do golpe de Estado de 2016, foi nomeado para ministro da Fazenda um economista-político, Fernando Haddad – e não um neoliberal.