Economia Brasileira volta ao devido lugar no Ranking das 10 Maiores

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 0,8%, no primeiro trimestre de 2024, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta que a economia brasileira terminará 2024 como a oitava maior do mundo, tendo uma alta de 2,1% em 2024, ficando à frente de países como a Itália e o Canadá. No governo anterior, tinha caído para 12o. lugar!

A expectativa é que a posição siga pelo menos até 2029, último ano calculado pelo fundo. Já para a economia mundial, o FMI projeta um crescimento similar ao de 2023, de 3,2% durante 2024 e 2025. Em relação a inflação mediana, o fundo projeta uma queda, indo de 2,8% em 2024 para 2,4% no ano seguinte.

Entre as 10 maiores economias, os Estados Unidos lideram o ranking com um PIB de US$ 28,7 trilhões e um crescimento de 2,7% em 2024, um aumento de 0,6 ponto porcentual em relação a previsão anterior. A China aparece em segundo lugar com US$ 18,53 trilhões, seguida pela Alemanha, com US$ 4,59 trilhões.

Confira as 10 maiores economias do mundo projetadas pelo FMI:

  1. Estados Unidos: US$ 28,781trilhões
  2. China: US$ 18,532 trilhões
  3. Alemanha: US$ 4,591 trilhões
  4. Japão: US$ 4,110 trilhões
  5. Índia: US$ 3,937 trilhões
  6. Reino Unido: US$ 3,495 trilhões
  7. França: US$ 3,130 trilhões
  8. Brasil: US$ 2,331 trilhões
  9. Itália: US$ 2,328 trilhões
  10. Canadá: US$ 2,242 trilhões

De acordo com o relatório do FMI, “World Economic Outlook (WEO)” de abril, a economia mundial permanece “notavelmente resiliente, com um crescimento estável à medida que a inflação diminui”.

Entretanto, o fundo também alerta para outros desafios como a crescente divergência no ritmo de crescimento entre os países e a necessidade das autoridades se manterem alertas para a inflação que “ainda estão acima das metas na maioria das economias”.

De acordo com o documento, as autoridades devem priorizar medidas focadas na resiliência da economia global, revertendo a queda nas perspectivas de crescimento de médio prazo e fortalecendo os quadros de política monetária, fiscal e financeira, especialmente os mercados emergentes.

O fundo também destaca que os mercados emergentes do G20 estão se tornando cada vez mais importantes na atividade econômica global.

“O comércio global e a pegada de investimento quase duplicou desde os anos 2000, enquanto a integração financeira global continua a aumentar. Consumidores e empresas dos mercados emergentes do G20 representam uma parcela crescente da demanda global e empresas nos mercados emergentes como China, Índia e Rússia fornecem uma parcela maior na produção a nível mundial”.

Em 2024, de acordo com o relatório, o crescimento da economia brasileira vem, principalmente, porque o país apresentou melhores perspectivas econômicas com corte nos juros que beneficiam mercados acionários, uma resiliência do mercado de trabalho e uma melhora na renda disponível.

A economia brasileira hoje é 7,8% maior que antes da pandemia, mas a recuperação que se viu desde então é inferior não só à de muitos emergentes, como também à de países ricos.

O crescimento acumulado pelo Brasil fica em 13º lugar em levantamento com 37 países, a grande maioria da OCDE, grupo formado em sua maioria por países ricos.

Na ponta da tabela está a Turquia, com avanço acumulado de 28% desde o início de 2020. É preciso lembrar, porém, que a Turquia se destaca também por ter uma das maiores taxas de inflação do planeta e que só recentemente o banco central local começou a atacar, com elevação dos juros. Nos 12 meses até abril, a inflação na Turquia ficou em 69,8%. Em março, o banco central turco elevou a taxa de juros para 50%. Em junho do ano passado, ela estava em 8,5%.

Na sequência vêm a Índia, com expansão acumulada de 22,9%, e a China, com 22,1%, ambos integrantes do Brics, assim como o Brasil.

Na América Latina, o Brasil ficou atrás ainda de Chile (em sexto lugar, com alta de 12,1%) e da Colômbia, que está uma posição abaixo e acumula crescimento de 11,4%.

O levantamento considera apenas países que já divulgaram seus desempenhos até o primeiro trimestre deste ano, o que restringe o universo da pesquisa, já que a maioria dos países não publicou seus resultados de janeiro a março deste ano.

Outro país latino-americano com resultado conhecido é o México, que teve desempenho inferior ao brasileiro (alta de 5,6%).

Além de ficar abaixo de alguns gigantes emergentes, o Brasil acumulou crescimento inferior também ao de países desenvolvidos, casos de Dinamarca (9%), EUA e Coreia do Sul (ambos com avanço acumulado de 8,6%).

O cenário pós-pandemia da economia brasileira surpreende menos considerando o histórico recente. A última vez que o PIB brasileiro superou o crescimento da economia global foi em 2010. E as projeções mais recentes do FMI indicam que pelo menos até 2029 isso não vai acontecer novamente.

Deixe um comentário