Mercado, Você Não Gosta de Mim, Mas Sua Filha Gosta!

O RUF – Ranking Universitário Folha não resiste à primeira análise!

A UNICAMP obteve a segunda maior pontuação em Qualidade de Pesquisa (53,87 pontos), em Qualidade de Ensino (18,24 pontos) e primeira em Indicador de Inovação (5,00 pontos). Porém, entre as “50 Melhores Universidades Brasileiras” foi superior apenas a 19 em Avaliação do Mercado (9,17 pontos)! Este arbítrio de representantes de empresas que não tem sede administrativa na Região de Campinas e do cienciometrista (professor da USP), em termos de ponderação, colocou-a no quinto lugar no Ranking…

Veja a Metodologia da Avaliação do Mercado, reproduzida abaixo: os 1212 executivos de Recursos Humanos avaliaram as melhores instituições de Ensino Superior em pelo menos um dos 20 cursos que mais formaram em 2010, como Administração, Direito, Ciências Contábeis, Psicologia, Fisioterapia e outros cursos baratos típicos de faculdades privadas. Detalhe: a UNICAMP não oferece estes cursos!

Ao contrário de outros indicadores, na Avaliação de Mercado as universidades privadas tiveram uma presença bem mais forte. Das 50 mais pontuadas, 22 são privadas. Nesse quesito, a superioridade em número de alunos matriculados nas pagas (54%) tem grande peso. A UNICAMP possui apenas cerca de 12.000 alunos na graduação.

Por que não estabelecer como “Avaliação de Mercadoa demanda (candidatos / vaga no vestibular) pelas Universidades?

Se o cienciometrista fizesse um exercício intelectual, perceberia que caso ponderasse igualmente os quatro quesitos de avaliação, já que não tem nenhuma base científica o arbítrio (55%-20%-20%-05%), o resultado seria mais equilibrado e de acordo com a reputação de cada Universidade.

Ele reconhece a fragilidade da ponderação de O Mercado: “O RUF destaca cinco universidades no topo: USP, UFMG, UFRJ, UFRGS e Unicamp. Se compararmos as posições dessas instituições nos principais rankings mundiais há diferenças notáveis. USP e Unicamp, porém, tanto ocupam colocações de destaque nas listagens internacionais como saltam aos olhos no RUF. Isso se considerarmos só os quesitos pesquisa, ensino e inovação, sem ponderar o mercado de trabalho.”

UNIP x UNICAMP

A divergência de visão entre executivos de empresas e cientistas fica mais evidente quando analisamos as posições da Unip e da Unicamp. A primeira, privada, aparece como a 10ª melhor para o mercado de trabalho. Entre os cientistas, nem é citada.

A Unicamp, pública, aparece como a segunda melhor instituição de ensino, segundo cientistas. Para profissionais de RH, é a 42ª.

Após analisar os resultados, o Datafolha aponta que, além dos interesses distintos entre os grupos, aspectos regionais podem, também, influenciar as respostas.

O executivo valoriza a instituição que lhe oferece bons profissionais, em geral, eles saem de escolas do local de atuação da empresa.

Podem ser até instituições de ensino superior sem papel relevante na pesquisa científica, mas que tenham fama de oferecer boa formação.

O cientista, por outro lado, valoriza as que se destacam na produção em suas respectivas áreas, independentemente da região do país.

Leia a ótima análise do colega da Física-Unicamp, Leandro Tessler, no seu blogAmálgama: Atualidade & Cultura

PS: quanto ao título deste post, vale lembrar que a música “Jorge Maravilha” com letra de Chico Buarque não foi para a Amália, filha de Geisel… Em uma entrevista de Chico, ele diz pra ‘quem’ foi: “O problema é que quando a versão é mais interessante do que o fato, não adianta você querer desmentir. Aquela música falava de uma situação que eu vivi muito: os caras do Dops (Departamento de Ordem Política e Social) iam me prender e, enquanto me levavam para depor, pediam para eu autografar discos para as filhas, que gostavam de mim”

Observação: escrevi à Ombudswoman da FSP, ela me consultou, e colocou meu argumento em seu Comentário dominical (09/09/12)- “A Unicamp, que não oferece vários dos cursos listados pelo Datafolha, ganhou a maior nota em inovação, ficou em segundo lugar em pesquisa e em ensino, mas recebeu dos profissionais de recrutamento uma nota muito menor que a da Unip (9,17 contra 16,38). Se fosse isso mesmo, a máxima de que a excelência em pesquisa e em graduação resulta em bons profissionais poderia ser esquecida.“. Confira abaixo:

OMBUDSMAN

SUZANA SINGER ombudsman@uol.com.br@folha_ombudsman

Diga-me onde estudas…

Ranking universitário criado pela Folha tem problemas graves de metodologia, mas é bom para chacoalhar a academia

Jornalista adora lista dos 10 ou 20 melhores em alguma coisa, votação de “top isso”, “top aquilo”. Milionários, capas de discos, crimes violentos, escândalos de corrupção, praticamente tudo já virou mote de rankings, sempre montados com altas doses de subjetividade.

Na segunda-feira passada, a Folha lançou mais um: o “RUF”, sigla que parece latido de cachorro e abrevia “Ranking Universitário Folha”. A listagem provocou bastante barulho no meio acadêmico -o jornal recebeu mais de 300 mensagens em apenas três dias.

As críticas mais contundentes foram aos parâmetros adotados para compor as notas em pesquisa, inovação, qualidade de ensino e avaliação do mercado, especialmente nos dois últimos itens.

A medida da “qualidade de ensino” foi dada por 597 pesquisadores do CNPq convidados pelo Datafolha a listar as dez melhores instituições de ensino na sua área de atuação. É um universo limitado, com presença forte de cientistas, que não sabe necessariamente o que se passa nas salas de aula.

É verdade que não há como estimar a qualidade do ensino apenas com dados objetivos (o Enade, por exemplo, é boicotado pela USP), mas o “RUF” limitou demais a fonte de avaliação.

No ranking, a Universidade Federal da Paraíba e a PUC do Paraná aparecem entre as 30 melhores do país, mesmo levando zero em qualidade de ensino -não foram citadas pelos pesquisadores do CNPq.

Já a “reputação das instituições no mercado de trabalho” foi acertadamente montada em entrevistas com 1.212 executivos de recursos humanos de 20 áreas, mas faltou ponderar a nota final. Uma universidade especializada em saúde concorreu com outra que forma administradores, advogados, engenheiros, além de médicos e enfermeiros.

A Unicamp, que não oferece vários dos cursos listados pelo Datafolha, ganhou a maior nota em inovação, ficou em segundo lugar em pesquisa e em ensino, mas recebeu dos profissionais de recrutamento uma nota muito menor que a da Unip (9,17 contra 16,38). Se fosse isso mesmo, a máxima de que a excelência em pesquisa e em graduação resulta em bons profissionais poderia ser esquecida.

O necessário aperfeiçoamento das métricas pode corrigir as distorções mais graves e também trazer novidades. Gastar tanto dinheiro e esforço para concluir que a USP é a melhor universidade do país é pouco. Isso todo mundo já sabe. Um bom levantamento, que revele ilhas de excelência, será mais útil aos vestibulandos e às discussões de políticas educacionais.

Mesmo com tantas ressalvas, o Ranking Universitário Folha é uma ótima iniciativa e veio para ficar. O jornal agiu bem ao dar espaço para as críticas e, segundo a Secretaria de Redação, mudanças serão estudadas para o ano que vem.

É uma boa notícia, porque a academia, que não gosta de avaliações e odeia comparações, precisa ser chacoalhada de tempos em tempos.”

23 thoughts on “Mercado, Você Não Gosta de Mim, Mas Sua Filha Gosta!

  1. Caro Fernando,
    A Folha de São Paulo tem uma obsessão pelos seus próprios rankings. Trata-se de uma maneira de olhar – e de se esforçar para que os outros vejam – a realidade a partir da al. Barão de Limeira. Obviamente que esta visão é incapaz de perceber o que se passa na rua Gen. Rondon…
    A propósito, a Unicamp possui o curso de Pedagogia que é oferecido pela Faculdade de Educação.
    Saudações,
    Marcos
    P.S. Parabéns pelo merecido prêmio recebido do COFECON.

  2. Esse ranking da Folha é uma das coisas mais canhestras e toscas que eu já li na imprensa brasileira, e olha que mediocridade e mafé é o que não faltam no jornalismo do país (a Veja que não me deixe mentir…). Normalmente eu não dou a mínima atenção para esses malfadados rankings: a rigor eles são uma tentativa pífia de medir o imesurável, comparar o que não pode ser comparado e tem a mesma utilidade prática daqueles bibelôs de mesa de sala de tia velha.

    Mas esse aí… Quando me disseram que a FSP tinha montado um ranking de universidades brasileiras e a Unicamp tinha ficado em 5o, a primeira coisa que me veio à cabeça foi “a quem isso interessa ?”. Não pode se questionar que a USP é, sob quase qualquer aspecto possível, a melhor universidade do país. Em todos os rankings e classificações que estouram por aí de tempos em tempos, ela é a brasileira melhor colocada. A Unicamp sempre aparece nesses rankings, mas inevitavelmente é a segunda ou às vezes a terceira do país, dependendo dos critérios específicos, do ano, do signo do zodíaco do reitor, etc. Mas nunca vi a Unicamp ser classificada simultaneamente abaixo de UFRJ, UFMG e UFRGS. Às vezes aparece atrás de uma ou outra dessas, mas NUNCA atrás das três ao mesmo tempo. Quer dizer, não tem alguma coisa errada por aí, não ?

    O que salta aos olhos, é claro, é a tal “avaliação de mercado” – e aquela matéria sacana no caderno da FSP com o ranking, comparando a Unicamp com a UNIP (qualquer coisa como “mercado prefere Unip, cientistas preferem Unicamp”). Então tá, né, Frias ! Aparece um sujeito formado em Computação com diploma da Unip, um com diploma da Unicamp no RH do UOL, ambos sem experiência profissional… e vocês vão mandar o mané da Unicamp tomar sorvete na esquina e contratam o cara da Unip ? Pode-se (e, de fato, deve-se) até contestar as continhas, os pontinhos, as filigranas. Mas dizer que o profissional formado pela Unicamp tem a mesma aceitação pelo mercado de trabalho que um formando da Ulbra, da Furb ? E mais, se o mercado “prefere a Unip” então como se explica os 16,2 pontos da UFRGS, os 15 e tanto da UFPe, os 13 da UFSC… todas instituições federais com forte atuação em pesquisa acadêmica ? E como se explica que, durante os 30 min que estou redigindo esta, recebi duas ligações de empresas me consultando sobre a possibilidade de prestação de serviços pelo meu grupo de pesquisas aqui na Unicamp ? Porque eles não ligaram lá na Uniban ?

    Será que não tem ninguém na Barão de Limeira com um mínimo de ximancol ? Ou isso, ou esse ranking foi feito com segundas, terceira, quarta, enésimas intenções. É um exercício interessante imaginar o que está por trás disso – briga de poder (dentro do partido ?), tentativa de desmontar o status quo do relacionamento das universidades públicas de SP com o governo do estado e ALESP, tentativa de influir na sucessão da Universidade… são muitas interpretações possíveis, nem todas elas mutuamente excludentes.

    Isso vai dar muito pano para a manga, ora se vai…

    • Prezado Doutor Que Prefere Não se Identificar,
      grato pelos corretos comentários. Estou de acordo com todos eles.
      Poderemos enumerar vários fatores relevantes para a análise, mas destaco mais um: a formação de líderes, ou para quem prefere, de elite dirigente, seja em empresas, governos, sindicatos ou qualquer organismo não governamental relevante. Como evidência, basta citar de imediato a Presidenta da República, o Presidente do BNDES, o Ministro da Educação, Secretários de Ministérios, presidente do IPEA, dirigentes de bancos (públicos e privados, inclusive o Banco Central), isso sem falar de outros escalões.
      A Folha de S.Paulo que se preza como “formadora de opinião”, na fase boa do “Seu Frias”, solicitava opinião para os professores da Unicamp. Recentemente, mudou seu Caderno de Economia para Mercado, e passou a convidar economistas neoclássicos e neoliberais como colunistas tais como Alexandre Schwartsman, Samuel Pessoa, Luiz Carlos Mendonça de Barros, Kátia Abreu, isso para completar os colunistas também direitistas da Ilustrada (sic): Ferreira Gullar, Pondé, Coutinho, etc.
      Enfim, o herdeiro de um jornal que foi relevante na luta pela democracia nos anos 80 deu uma guinada à direita, defendendo o que há de pior em O Mercado. Em contrapartida, em sua associação com O Globo, produz um jornal superior para a leitura da elite: Valor Econômico. Reconhece que esta não pode se orientar pela Folha.
      Resultado dessa mediocridade é “o desconhecimento de causa” revelada pelos “avaliadores” dos RHs: preferem Unip do que Unicamp! Se seus dirigentes forem formados em centros de excelência deveriam os dispensar… rsrsrs
      att.

  3. Olá professor, boa noite!
    Muito boa a sacada do título!
    Todo o meu comentário é bem restrito a uma realidade, a minha realidade.
    Penso assim, como aluno da Unicamp que tem orgulho desta condição: Ranking pra quê, se estudo na Universidade onde sempre quis???
    E lendo alguns textos relativos ao RUF no próprio portal da Folha, mesmo esse negócio do RH, segundo o texto do Hélio Schwartsman (seria parente do sábio Salomão Schwartzman, da Band News?), 32% dos RHs consultados disseram que a formação não faz diferença.
    Isso me lembra o processo seletivo que passei para ingressar como estagiário em um banco estrangeiro. O meu gestor que fez questão de pedir, na solicitação de estagiário, um “interin” de boa cepa, e não o RH em si.
    Não sei se porque o curso de Economia da UNICAMP é um dos mais renomados do país, mas nunca pensei que encontrei limitante pela origem, acho mais fácil um formado por outra faculdade menos renomada passar por isto.
    Outra questão interessante é a tal da questão da quantificação e montagem de rankings.
    Uma coisa é fazer rankings de futebol, como o Rodrigo Bueno e seus colegas tão bem fazem no caderno de Esportes da FSP. Cada título tem um peso e assim caminha a humanidade, ninguém questiona. Outra coisa é fazer um ranking de produção acadêmica. Não adianta, não dá, nunca haverá consenso, sempre haverá quem reclamará (Culpa da CAPES? Culpa do MEC?) até porque qualidade de resultados em ciências humanas, por exemplo, não se quantifica, se sente, se percebe, se concorda. Ou você acha que é bom, ou acha que é ruim. Quase um axioma (e olha que até os matemáticos, em especial no campo da lógica, brigam entre eles!!).
    Por isso, sinceramente, acho ranking deste tipo de coisa, uma bobagem. Ou a universidade é boa ou ruim. Considero a Unicamp uma boa universidade. E isso ninguém tira de mim.

    Saudações,
    Rodolfo Buscarini.

    P.S.: Parabéns pelo prêmio do COFECON! O professor irá para Belo Horizonte recebê-lo?

    • Prezado Rodolfo,
      a reputação profissional é dada pelo reconhecimento dos colegas, que são rivais no mercado de trabalho. Isso ocorre em todas as corporações desde a Idade Média. Por isso, o reconhecimento dos demais cientistas é a avaliação fundamental.
      A escolha de lideranças, em todas as áreas, também pode ser outro critério. Uma Universidade de excelência forma líderes que alguns classificam como parte da elite intelectual.
      att.

      • Mas o reconhecimento dos colegas não é algo mais subjetivo ainda, pois envolve relações pessoais (não necessariamente formadas na universidade) e a imagem que o profissional vende?? Até que ponto há isenção de opinião?
        A mesma coisa não vale para a formação da liderança? Se a pessoa chega à uma liderança é porque faz parte de um grupo maior (político, social, econômica), a formação acaba se tornando um adendo (se bem que, para mim, um adendo de todo especial).
        Ainda continuo bem cético nesta questão de quantificação e “rankeamento”, é uma questão subjetiva por demais, dá para você quantificar papers, alunos, etc. mas será como classificar a qualidade? Como confiar nos dados? Continua sendo algo muito pessoal.
        Sds,
        Rodolfo.

      • Prezado Rodolfo,
        pois é, para enfrentar essa dificuldade, até criaram a profissão de cienciometrista! Credo!
        A ambição humana de quantificar qualidade agrega escolhas e/ou preferências subjetivas. A moda é dada por maior incidência ou frequência de respostas. Aí, percebe-se que o que é “mais popular”, p.ex., uma “celebridade descerebrada”, não necessariamente é o melhor. Inventa-se então a divisão entre o “sucesso de público” e o “sucesso de crítica”.
        Pelo visto, para o “público-cabeça”, a Unicamp é preferida face à Unip… Ainda bem!
        A respeito, gosto muito das observações bem humoradas de Stigler.
        Leia: https://fernandonogueiracosta.wordpress.com/2010/09/24/memorias-de-um-economista-de-chicago/#more-4322
        Também: https://fernandonogueiracosta.wordpress.com/2010/04/17/o-intelectual-e-o-mercado/
        E mais: https://fernandonogueiracosta.wordpress.com/2010/04/05/comissao-de-sabios-dapres-stigler/
        Abraço

    • Prezada Krissya,
      é um curso no Campus de Limeira que ainda não formou nenhum Gestor, não? Portanto, como empregadores da Região de Campinas podem o avaliar?!
      Aliás, será que a amostra nacional (1212 executivos) contemplou essa Região? A Folha não informou…
      att.

  4. Só como adendo e com o objetivo de informar a UNICAMP formará esse ano sua primeira turma de bacharelado em Gestão que, caso não saiba, se equivale ao curso de administração.

  5. Só avisando… Você diz “a Unicamp, pública, aparece como a segunda melhor instituição de ensino, segundo cientistas. Para profissionais de RH, é a 47ª.” Mas, na verdade, de acordo com o RUF, considerando apenas o critério Avaliação do Mercado, a UNICAMP aparece em 42o lugar, não em 47o. Abraços!

  6. Caro Fernando,

    Existe uma coisa deveras interessante. Se você observar o ranking por áreas verá que a engenharia do Ita aparece lá no fim da lista, enquanto Fei e Mauá aparecem no topo. Como levar um ranking desse a sério?!

    • Prezado Agnaldo,
      bem observado, “a opinião pública é a pior de todas as opiniões”.
      Suspeito que a “amostra” é viesada e localizada em capitais, cuja opinião sobre “universidades do interior” é inferior…
      att.

      • Estou começando a duvidar que o gênio por trás desse RUF é o Meneghini… parece mais coisa do nosso amiguinho Iochpe.

  7. quanto ao fato de a unicamp nao ter alguns dos cursos em questao, a analise leva em conta cursos “correlatos” e.g. se alguem do rh cita economia na unicamp, entra como contabilidade. isso ta esclarecido no faq do ranking. qq analise seria parte do conhecimento do objeto analisado certo? quanto ao ranking em si, eh obvio q pra ordenar qualquer coisa vc precisa de um criterio, que, seja qual for, nunca sera perfeitamente objetivo e ficara sempre a merce das criticas, geralmente dos “prejudicados”. continua sendo valida a intencao e o ranking, ainda q como tentativa. nao eh algo p ser levado mto a serio anyway…

    • Prezado Daniel,
      suas três considerações são:
      1. o curso de Economia é substituto dos de Contabilidade e Administração;
      2. qualquer critério provocaria críticas aos prejudicados;
      3. mesmo “sendo válida a intenção e o ranking”, não é algo para ser levado muito a sério.
      A sugestão de indiferença (“deixa estar”) quanto à queima da reputação universitária, duramente construída durante quase meio-século, parece ser “postura de avestruz”.
      O ponto é que a metodologia é falha! Ela arbitra, sem nenhuma base científica, os pesos de cada um dos quesitos. Como evidência, basta colocar pesos iguais que o ranking se alteraria e ficaria mais próximo da realidade, onde a Unicamp tem uma reputação a zelar.
      att,

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