O nível de instrução alcançado pela população adulta de um País é um legado do investimento em educação feito em décadas passadas. Segundo os dados do módulo ampliado de Educação da PNAD Contínua 2022, o percentual de pessoas com 25 anos ou mais anos de idade sem concluir a educação básica obrigatória, direito constitucional assegurado pelo Estado brasileiro a todos os cidadãos, era de 46,8%, sendo 34,0% não haviam concluído o ensino fundamental, e 12,8% não haviam concluído o ensino médio. Somente 19,2% das pessoas dessa faixa etária haviam concluído o ensino superior, e 34,0% completaram o ensino médio (Gráfico 16 e Tabela 4.10).
O atraso histórico na expansão do sistema de ensino brasileiro também se reflete no baixo percentual de pessoas de 25 a 64 anos de idade com conclusão do ensino superior. Enquanto a média dos países da OCDE, em 2021, era de 41,1%, a média brasileira, em 2022, era cerca da metade da média da OCDE: 20,7%.
Embora a faixa etária mais nova de 25 a 34 anos de idade tenha atingido um percentual maior de pessoas com ensino superior no Brasil, com 23,4% em 2022, o resultado do esforço nacional de expansão do acesso a esse nível permaneceu a metade do divulgado para a média dos países da OCDE, em 2021, na mesma faixa etária: 46,9%. O percentual brasileiro (23,4%) estava abaixo de países latino-americanos, como: México (27,1%), Colômbia (30,5%) e Chile (40,5%) (Gráfico 18).