Tentativas e Erros ou Fracassos e Sucessos

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Nos Estados Unidos, não sei se é por causa da ética protestante, o espírito do capitalismo vê o fracasso e/ou a falência como “regra do jogo”. Em uma série de tentativas-e-erros, o erro é normal e o acerto, muitas vezes, casual. Ricardo Geromel, no livro “Bilionários”, cita: “Falhar é não tentar. O fracasso é a maneira de O Mercado mostrar que você está fora do curso correto.”

Faz parte da cultura norte-americana apreciar aqueles que falharam, persistiram em tentar novos caminhos e alcançaram o sucesso. Na cultura brasileira, canta-se, mas não se pratica: “depois da queda, levanta, sacode a poeira e dê a volta por cima!

“Muitos acreditam que foi fácil se tornar bilionários graças as suas famílias ou à sorte. Até já ouvi falar sobre a Teoria da Conspiração, de que todos os bilionários se conhecem e de que alguns são testa-de-ferro de políticos. Muitas vezes sorte e famílias ajudam, como alguns bilionários admitem. Mesmo nesses casos, no caminho para o topo, os bilionários cometem, invariavelmente, muitos erros”.

Bilionários entendem que falhar não é um sinal de incompetência, mas sim uma oportunidade de aprender. “Fracasso é sinônimo de sucesso se aprendermos as lições”.

Há uma forte crença em vigor de que o sucesso hoje depende principalmente das habilidades cognitivas: o tipo de inteligência que é medida nos vestibulares e testes de QI, incluindo a capacidade de fazer cálculos complexos rapidamente, detectar padrões e reconhecer letras e palavras. Também acredita-se que a melhor maneira de desenvolver essas habilidades é praticá-las exaustivamente e quanto mais cedo começar, melhor.

Na realidade, ter caráter é mais crucial do que ter pura inteligência para alcançar o sucesso. A melhor maneira de desenvolver o caráter é superando fracassos que ajudarão a desenvolver habilidades não cognitivas, como persistência, autocontrole, curiosidade, coragem e autoconfiança.

“Quanto mais rápido você aprender a lidar com seus erros, mais cedo você estará pronto para o sucesso. Erros são bem-vindos, desde que você não continue a repeti-los”. Lembre-se da célebre frase de Albert Einstein, que certa vez definiu estupidez como “fazer as mesmas coisas e esperar resultados diferentes”.

Algumas pessoas não conseguem lidar com erros, então elas nunca tentam nada novo. O resultado é inércia. A Teoria das Finanças Racionais defende que quanto maior o risco, maior a chance de ganhar muito, assim como também maior é a chance de perder muito. Risco é proporcional à volatilidade do valor do ativo, que varia muito no caso de poucos se arriscarem a comprá-lo/vendê-lo. Qualquer entrada ou saída provoca alta ou baixa do seu valor. Conclusão: “quer ganhar muito? É preciso arriscar muito! Sem arriscar, fica difícil ter grandes sucessos.”

Ricardo Geromel, no livro “Bilionários”, deduz que, na prática, “a fórmula para chegar ao topo inclui, no mínimo, três ingredientes essenciais:

  1. falhar, falhar, falhar;
  2. aprender com seus erros o mais rapidamente possível;
  3. continuar tentando, cometendo novos erros até acertar.”

Henry Ford, que fracassou várias vezes, disse: “Falhar é simplesmente a oportunidade de começar de novo, dessa vez mais inteligentemente”. Sam Walton, criador da Walmart, a maior rede varejista do mundo, insistiu: “Celebre o seu sucesso. Encontre um pouco de humor em seus fracassos. Não se leve tão a sério. Solte-se, e todos ao seu redor vão se soltar. Divirta-se e sempre mostre entusiasmo. Quando tudo mais falhar, coloque uma fantasia e cante uma música boba”. Tipo “depois da queda, levanta, sacode a poeira e dê a volta por cima!

A primeira ideia que um empreendedor tem raramente é a sua melhor. Depois do fracasso, ele fica mais disposto a trabalhar muito. Isso é o que os primeiros altos e baixos fazem por ele. Fica com tanto medo de falhar, mais uma vez, que se torna totalmente comprometido em obter o sucesso. Deve pensar: “eu não falhei, simplesmente, encontrei soluções que não funcionaram…”

Com o fracasso aprendemos com certeza que a coisa não poderia ser feita daquela maneira. Então, nós temos que tentar de alguma outra forma. Se nos analisamos profundamente as causas, aprendemos mais com os nossos fracassos. “O sucesso é ir de fracasso em fracasso sem perder o entusiasmo. A arte de vencer aprende-se nas derrotas”.

O fracasso não é o oposto de sucesso. Na verdade, é uma alavanca para o sucesso. A falha é essencial para a correção de rumos, ou seja, a diferença entre o fracasso e o sucesso é ter perseverança depois daquele até alcançar este.

Exemplo futebolístico: o fracasso traumático do Corinthians ao cair na série B do Campeonato Brasileiro, no dia 2 de dezembro de 2007, serviu para promover mudanças estruturais na organização do clube. O time tornou-se vencedor. O Vasco caiu duas vezes e não aprendeu nada. Caiu pela terceira vez em 2015.

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