Curso Métodos de Análise Econômica V

UnicampUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

Instituto de Economia

CE-542 – MÉTODOS DE ANÁLISE ECONÔMICA V

2º semestre de 2013

Prof. Dr. Fernando Nogueira da Costa

Objetivo: Análise das políticas socioeconômicas e formas de intervenção governamental para regulação de economia de mercado. Pretende-se usar como método didático, em uma aula, a apresentação de um documentário sobre temática socioeconômica brasileira para, na aula seguinte, referenciar e/ou motivar o debate de possíveis soluções de políticas públicas  para os problemas abordados pelo filme. A intuição e a criatividade dos alunos estarão envolvidos nesse processo através da ação de pesquisar dados e informações sobre o problema, dimensionando-o, e analisando se as políticas públicas usadas são as pertinentes. Assim estimulados, os alunos se moverão em direção à apropriação intelectual do tema apresentado, o que resultará na prática de Métodos de Análise Econômica.

Horário: segunda-feira e quarta-feira no mesmo horário (8:00-10:00). Reservada a Sala 1 do SPD, por causa da necessidade de boa projeção com luz e som adequados, além de permitir leituras e pesquisa dos alunos na web. Aulas expositivas e seminários na Sala IE-12 do Pavilhão da Graduação.

Programa e Bibliografia:

Leitura PreliminarEconomia no Cinema: Experiência com Interdisciplinaridade

05/08/13 – 1a. aula – Metodologia Econômica. Nível mais elevado de abstração: teoria da consistência no uso dos instrumentos de política econômica. Nível intermediário: reincorpora os conflitos de interesse antes abstraídos para a definição do regime macroeconômico como uma característica estrutural do planejamento de desenvolvimento em longo prazo que condiciona o manejo das políticas públicas. Nível mais baixo de abstração: necessidade de contextualizar, ou seja, datar e localizar os eventos, para captar os imperativos de dada conjuntura na prática da arte de tomadas de decisões práticas quanto ao uso dos instrumentos de política econômica em curto prazo.

Correntes de Pensamento Econômico

Como Classificar Economistas

Política Econômica Democrática: Economia e Política

Características dos Sistemas Político-Econômicos

Informações e Política Econômica

Processo Social Vigente

Instrumentos de Política Econômica Democrática

Aplicação da Política Econômica

07/08/13 – 2a. aula – Celso Furtado: O Longo Amanhecer (2007 – 1:13): Cinebiografia do economista nacional-desenvolvimentista.

Pauta para Debate entre Desenvolvimentistas de Esquerda

Desenvolvimento do desenvolvimentismo: do socialismo utópico ao social-desenvolvimentismo

Social-Desenvolvimentismo

Social-Desenvolvimentismo: Reflexões

Social-Desenvolvimentismo e Novo-Desenvolvimentismo: Convergências e Divergências

12/08/13 – 3a. aula – Apresentação do Professor: Social-Desenvolvimentismo, Capitalismo de Estado Neocorporativista e Financiamento Interno do Desenvolvimento em Longo Prazo.

Manifesto da Tropicalização Antropofágica Miscigenada

Capitalismo de Estado Neocorporativista no Brasil

Debate sobre Modelo de Desenvolvimento

Desenvolvimento Brasileiro: Assuntos Estratégicos

14/08/13 – 4a. aula – Apresentação do Professor sobre as características da política econômica brasileira na última década (2003-2013): uso dos quatro instrumentos de política econômica em curto prazo – política monetária, política fiscal, política cambial, controle de capital.

Dependência da Forma e Releitura do Debate Atual sobre Política Econômica

Apresentação da Chefe da Assessoria Econômica do Ministério do Planejamento

Correlação Não É Causalidade

Variáveis-Metas e Variáveis-Instrumentos da Política Econômica em Curto Prazo

19/08/13 – 5a. aula – Pesquisa pelos alunos de informações na internet sobre o PPA 2012-2015 e o andamento do PAC.

Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão

Brasil.gov.br

21/08/13 – 6a. aula – O Petróleo Tem Que Ser Nosso (2009 – 60:00): A questão da soberania nacional sobre a exploração do pré-sal.

Petróleo

Modelo Regulatório do Pré-Sal

José Sérgio Gabrielli: Pré-Sal, Petrobras e o Futuro do Brasil

26/08/13 – 7a. aula – Política Energética: investimentos em hidroelétricas e extração de petróleo.

Petrobras

Eletrobras

28/08/13 – 8a. aula – Eliezer Batista, O Engenheiro do Brasil ( 2010 – 00:20): Os empreendimentos de Eliezer Batista, ex-presidente da Companhia Vale do Rio Doce.

Vale

02/09/13 – 9a. aula – Política de Mineração

Painel sobre Mineração no Brasil

Ministério de Minas e Energia

04/09/13 – 10a. aula – Terra Vermelha (2008 – 1 h 39 min): Questão indígena no Brasil / Terra dos Índios (Zelito Viana) / Belo Monte, Anúncio de Uma Guerra

09/09/13 – 11a. aula – Política para os Nativos da Terra: Reservas X Riqueza

FUNAI

Blog Belo Monte – Vídeos sobre Usina Hidrelétrica de Belo Monte – Norte Energia

Assista aos vídeos sobre Belo Monte e Tapajós

11/09/13 – 12a. aula – Terra Para Rose (1987 – 1:22): Luta pela reforma agrária / O Sonho de Rose: 10 Anos Depois (2009 – 0:03)

16/09/13 – 13a. aula – Política Fundiária

INCRA

Agricultura Brasileira: Conquista do Cerrado

Bancada Ruralista

Contradição Voto Rural X Voto Ambientalista

18/09/13 – 14a. aula – Migrantes (2007 – 0:46): A migração atual de trabalhadores nordestinos para os campos de açúcar paulista.

23/09/13 – 15a. aula – Política Agrária e Migração

Ministério da Agricultura

Casamento, Fecundidade e Migração: Censo de 2010

Desaceleração de Migração para o Estado de São Paulo

Imigração de Estrangeiros para o Brasil

25/09/13 – 16a. aula – Meninas (2006 – 1:10): Gravidez na adolescência.

30/09/13 – 17a. aula – Bônus Demográfico: Natalidade, Escolaridade, Mercado de Trabalho e Previdência Complementar

Bônus Demográfico

Bônus Demográfico Revisto

Esgotamento do Bônus Demográfico e Elevação de Produtividade

Projeção da População do Brasil 2000-2060

PREVIC – Previdência Complementar

02/10/13 – 18a. aula – O Aborto dos Outros (2008 – 1:12): Aborto no Brasil.

07/10/13 – 19a. aula – Política de Saúde Pública

Portal da Saúde

A legalização do aborto ajudaria a combater a criminalidade

09/10/13 – 20a. aula – 5XFavela: Agora por Nós Mesmos (1:39) / Elas da Favela (2010 – 00:24): Relato de moradoras do Complexo do Alemão sob a incursão da polícia naquela Comunidade.

30/10/13 – 21a. aula – Urbanização de Favelas e Financiamento Habitacional

Aula sobre Mercado Imobiliário

Ministério das Cidades

Planejamento UrbanoRegularização FundiáriaPrevenção e Erradicação de RiscosReabilitação UrbanaPrevenção e Mediação de Conflitos Fundiários Urbanos

30/10/13 – 22a. aula – Notícias de uma Guerra Particular (1993-1998 – 56:46) / Falcão – Meninos do Tráfico (57:47): retrata a vida jovens de favelas brasileiras que trabalham no tráfico de drogas / Quebrando o Tabu (2011 – 1:20): Documentário conduzido pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sobre a descriminalização das drogas / Justiça (2004) / Juízo (2007 – 1:30): O filme acompanha a via crucis de menores infratores.

04/11/13 – 22a. Aula – Política de Segurança Pública

Crack, É Possível Vencer

Indicadores de Criminalidade no Estado de São Paulo

Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro

Portal da Transparência

Origem da Polícia no Brasil

Economia da Criminalidade vol9n2p343_372

Tráfico Colômbia dá exemplo para reduzir violência

Bogotá – O Programa Cultura Cidades Contra Violência em Bogotá

Bogotá – Governos Locais e Segurança Cidadã

Guerra Urbana

td_1144 Segurança Pública

Shame guilt and violence

06/11/13 – 23a. aula – Justiça e Presídios

11/11/13 – 24a. aula – Sistema Judiciário e Sistema Carcerário

(In)justiça Brasileira em Números

Ministério da Justiça

Sistema Carcerário Brasileiro

ALTERNATIVA: 23/10/13 – 24a. aula – Garotas do ABC (2003 – 2:05): Usando o ABC paulista como cenário, o filme aborda uma série de questões: o trabalho, a imigração nordestina, o racismo, o neofascismo e a esperança.

ALTERNATIVA: 28/10/13 – 25a. aula – Política de Direitos Humanos: Igualdade Racial, Diversidade de Gêneros, Anti-homofobia, etc.

Cidadania

13/11/19 – 26a. aula – Para O Dia Nascer Feliz (2006 – 1:28): Os conflitos e a vida na escola de três jovens de classes sociais diferentes.

18/11/13 – 27a. aula – Política Educacional

Educação

Portal MEC: Ministério da Educação

20/11/13 – 28a. aula – FERIADO: ASSISTIR EM CASA: Um Lugar Ao Sol (2009 – 1:05): Documentário sobre a visão de mundo de pessoas de alto poder aquisitivo que moram em coberturas.

25/11/13 – 29a. aula – Política de Combate à Desigualdade Social: Renda e Riqueza

Brasil Sem Miséria

Medição da Riqueza Pessoal

27/11/13 – 30a. aula – SEMINÁRIO FINAL: apresentação oral de respostas individuais (escritas) às seguintes questões:

  1. ESTADO DA ARTE: Qual era o seu conhecimento sobre os temas do curso — Problemas Socioeconômicos e as Políticas Públicas — antes do curso?
  2. RESUMO DO CURSO: Descrição sumária do curso com sinopse(s) do(s) documentário(s) que mais lhe impressionou e/ou do fio-condutor analítico.
  3. AVANÇO: Quais foram as lições aprendidas com o(s) debates sobre os documentário(s)?
  4. CONTRIBUIÇÃO PESSOAL: Qual é sua avaliação do curso? Por que? Sugestões?

Avaliação: Em cada aula das doze de pesquisa de dados e informações sobre Políticas Públicas, serão avaliadas as apresentações orais e em PowerPoint dos resultados por parte dos alunos, divididos em grupos, e as participações individuais no debate.

Média Final Ponderada: ½ para a avaliação da apresentação e/ou participação no debate e ½ para a avaliação escrita final.

Bibliografia: postada com links, inclusive para filmes no YouTube, no blog https://fernandonogueiracosta.wordpress.com

Calendário Escolar do 2o. Semestre de 2013:

Agosto de 2013
01 Início das aulas do 2º período letivo de 2013 e Turmas Especiais I e II.
07 Inscrição: Estudante Especial em Disciplinas Isoladas de Graduação, na DAC.
21 Último dia para as Unidades de Ensino encaminhar à DAC retificação de Médias e Frequências do 1º período letivo de 2013.
Setembro de 2013
07 Não haverá atividades.
30 Último dia para Desistência de Matrícula em Disciplinas do 2º Período Letivo de 2013, aluno regular na WEB e estudante especial, na DAC.
Outubro de 2013
10 Avaliação e discussão de Cursos – no horário de realização da reunião, os alunos estarão dispensados das aulas.
12 Não haverá atividades.
18 Último dia para Trancamento de Matrícula do 2º período letivo de 2013, na DAC.
23 a 25 Congresso de Iniciação Científica de 2013. No período em que estiver sendo realizado o congresso, os alunos estão dispensados das aulas.
28 Não haverá atividades.
Novembro de 2013
02 Não haverá atividades.
15 e 16 Não haverá atividades.
20 Não haverá atividades.
28 Divulgação do resultado das inscrições para o Teste de Proficiência, exceto para Línguas Estrangeiras, na WEB.
30 Prazo Final para o cumprimento da Carga Horária e Programas das Disciplinas.
Obs.: No decorrer do 2º período letivo há necessidade da reposição de um sábado para que se complete a carga horária das disciplinas ministradas nesses dias.
Dezembro de 2013
02 a 07 Semana de Estudos.
02 a 17 Prazo para entrada de Médias e Frequências do 2º período letivo e Turmas Especiais I e II, na WEB.
07 Término do 2º período letivo de 2013.
09 a 14 Exames Finais do 2º período letivo e Turmas Especiais I e II.
23 a 01/01 Não haverá atividades.

3 thoughts on “Curso Métodos de Análise Econômica V

  1. Obs.: Comentário “off-topic“ e gigante (peço desculpas antecipadamente).

    Prezado,

    Primeiro, quero dizer que, embora este seja meu primeiro comentário aqui, acompanho suas postagens com frequência há pelo menos dois anos. Volto sempre porque, embora discorde de algumas das suas opiniões, a qualidade do blog é indiscutível. Parabéns pelo trabalho e obrigada pelo esforço de fazê-lo, ainda mais considerando que esta não é a sua fonte de renda.

    Isso posto, quero tirar uma dúvida suscitada pelo livro “Economia do Setor Público – Uma Abordagem Introdutória“, do autor Flávio Riani (5ed. – LTC, 2011). Como não sei se você tem (ou teria) esse livro, vou transcrever alguns trechos constantes da parte final (subitem 7.5, págs. 224, 225 e 226):

    “(…) a questão central das dificuldades e dos aumentos dos gastos do governo têm uma causa, (…) relacionada aos encargos da dívida pública.“

    “O estoque da dívida pública sofre oscilações cujas causas relacionam-se a ações tomadas pelo governo, a maioria delas com a preocupação em manter níveis de sustentabilidade do mercado financeiro e manter o risco Brasil cada vez menor.“

    “(…) o estoque bruto da dívida, sobre o qual incidem os encargos, superam hoje R$ 1,6 trilhão, ou seja, 66,9% do PIB.“

    “(…) os dados mostram que, comparados a 1998, os recursos destinados ao pagamento dos juros nominais da dívida em 2006 são 234% maiores. Não existe nas contas do governo nenhum item de despesas que tenha apresentado elevação de despesas próximas a esse patamar.“

    “Quando se analisa a composição dos gastos do governo, observa-se, também, que o item encargos da dívida constitui-se no principal item de despesa do governo.“

    “(…) os números dos encargos da dívida mostram números alarmantes. Como pode um país como o Brasil, com suas desigualdades e pobreza, ignorar o fato de que gasta com dívida 7 vezes mais do que se gasta com educação e saúde, 20 vezes mais do que se gasta com segurança, 156 vezes mais do que em ciência e tecnologia, etc.?“

    “Na realidade, o engessamento dos gastos do governo está na questão da dívida. É ela a causadora da elevada carga tributária e não a previdência ou os demais gastos do governo. Como pode, em um país como o Brasil, passar despercebido o fato de que estamos com uma carga tributária de 34%, sendo que 30% dela destina-se a pagamentos dos juros da dívida?“

    Bom, feitas as transcrições, minha pergunta é: as afirmações do autor são verdadeiras? Se sim, diante da magnitude do fato, como pode não ser esse o assunto mais importante da pauta econômica? (Seja por parte de jornalistas e/ou de economistas.)

    Atenciosamente,

    • Prezada Gisele,
      grato por seguir meu modesto blog.
      Quanto à citação do livro, os números estão totalmente defasados. Este é um problema de não escrever de maneira mais analítica para possibilitar o leitor interpretar realidades de outros tempos e lugares. Faz a “denúncia” do curto prazo e não adverte ao leitor que aquela conjuntura poderá se alterar.
      No blog, há posts com dados mais atualizados dos gastos públicos, inclusive com pagamento de juros. Porém, irei usar um “argumento de autoridade”, publicado ontem, a afirmação do Secretário do Tesouro Nacional de que “o regime fiscal mudou, porque a dívida pública brasileira deixou de ser o inimigo público número 1”:
      “A política fiscal do governo mudou: os gastos públicos passaram a ser guiados pelo desempenho da economia e a necessidade ou não de estímulos à demanda. “Estamos deixando claro desde o início que, em 2013 e 2014, e provavelmente será essa a política em 2015 e 2016, o superávit primário será sempre uma variável da economia e não mais da dívida pública em si”, disse ao Valor o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin.

      Leia mais em:

      http://www.valor.com.br/brasil/3104066/ritmo-da-economia-guiara-meta-fiscal-diz-augustin#ixzz2RwT5qTkd

      att.

      • Professor Fernando,

        Agradeço muito pela resposta. É muito desanimador saber que livros (artigos, posts, colunas de jornal, etc.) publicados com todo um verniz de legitimidade podem conter tantos erros (ainda bem que perguntei). De qualquer forma, acaba sendo bom para aguçar e reforçar a prática de nunca obter informações de uma só fonte.

        De novo, parabéns pelo blog. Espero que tenha vida longa.

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