O aproveitamento de todo o desempenho que os modernos implementos agrícolas oferecem ao produtor, de modo que o alto investimento valha a pena, depende de algo que nas cidades já se tornou corriqueiro: acesso a internet. Esse maquinário está cada vez mais dotado de sensores e câmeras capazes de entregar uma série de dados que, se organizados, otimizam a produção. Também pode ser ajustado remotamente para garantir melhor eficiência, mas desde que conectado a uma sala de operações.
Entretanto, pouco menos de um quarto do espaço agrícola brasileiro possui algum nível de cobertura por internet, de acordo com uma pesquisa do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), e 15% contam com banda larga móvel, segundo levantamento da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) realizado em 2021. O problema é que, em sua maioria, as propriedades conectadas têm internet apenas na sede e entorno, dificultando a comunicação com a máquina e o alcance do uso de tecnologias como “machine learning” (aprendizado de máquina), internet das coisas (IoT) e, mais recentemente, inteligência artificial.