Ascensão e Queda das Grandes Potências

O livro de Paul Keynnedy, Ascensão e Queda das Grandes Potências: Transformação Econômica e Conflito Militar de 1500 a 2000 (Rio de Janeiro, Editora Campus, 1989. 675 páginas), tornou-se clássico da geopolítica, desde sua publicação, há duas décadas. No fim dos anos 80, depois do crash do mercado de ações, em 1987, quando havia preocupação contínua com os déficits fiscais e em conta corrente dos Estados Unidos, antes da queda do Muro de Berlim, em 1989, Keynnedy chocou o mundo com sua afirmação de que “a única resposta à questão cada vez mais discutida da capacidade dos EUA de preservar ou não sua atual posição é ‘não’”. O país havia se tornado devedor internacional pela primeira vez e dependia crescentemente da entrada de capital europeu e japonês. O Japão estava em ascensão. O sentimento de decadência chegou perto da histeria nos EUA quando empresas japonesas compraram ativos simbólicos da antiga pujança do capitalismo norte-americano. À primeira vista, a tese do professor inglês da Yale University parecia certa.

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