Por acaso, encontrei na webuma entrevista concedida por mim durante a campanha eleitoral de 2014. É interessante ler as minhas expectativas ex-ante e verificar os fatos ex-post. Economista não é vidente… 🙂
Mas o falso alarmismo da oposição antipetista e/ou antilulista permanece a mesma. Acontece também agora em conjuntura com indicadores econômicos e sociais favoráveis ao desenvolvimento.
Uma conversa com Fernando Nogueira da Costa, professor de Economia da Unicamp, ex vice-presidente da Caixa, sobre a história dos bancos no Brasil, a surpreendente influência da inflação em muitas tecnologias ainda usada, o que eles viabilizam no Brasil, especialmente quando temos bancos sem atender somente à demanda privada.
A nomeação do economista e professor do Instituto de Economia da Unicamp Márcio Pochmann à presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, ocorrida no dia 26 de julho, gerou críticas de alguns rivais da Escola da UNICAMP e da mídia golpista, incapaz de aceitar o resultado eleitoral democrático. Neste vídeo, o professor Fernando Nogueira da Costa, colega de Pochmann no Instituto de Economia e seu ex-professor, comenta a nomeação e rebate o que considera falta de argumentos dos economistas do chamado mainstream, ou seja, de correntes mais ortodoxas do pensamento econômico brasileiro.
1. O senhor disse que na pesquisa sobre moeda e banco na historiografia clássica brasileira, estes dois personagens-chave, banco e moeda, estão ausentes. O que essa ausência significa e como a interpreta à luz da história brasileira?
Através de uma amostra representativa de dez obras clássicas da historiografia brasileira, resolvi pesquisar sobre a presença, ou pior, a ausência de um personagem-chave nas narrativas a respeito da História do Brasil: dinheiro.
Pouco encontrei. Porém, o encontrado se refere a episódios muito relevantes “para entender o Brasil”. É possível isso sem a narrativa histórica sobre (a falta de) dinheiro?
É importante o entendimento da razão dessa ausência ou da presença tímida como não fosse tema relevante ou fosse algo “sujo” a ser jogado na lata de lixo da história.
Para o follow the money (traduzido para português como “siga o dinheiro”), um bordão em língua inglesa popularizado para iniciar investigações, talvez a maior pista encontrada para explicar a razão dele não estar com papel explícito nas narrativas históricas brasileiras tenha sido dada, indiretamente, quando se identifica a autoridade do patriarca ultrapassar a esfera doméstica e estender-se ao domínio público.
Essa “invasão do público pelo privado” não respeita a hierarquia formal das instituições. O tradicional comportamento patriarcal e personalista dificulta o estabelecimento não só do Estado democrático, mas também a impessoalidade exigida no trato das relações públicascom o pagamento monetário devido, independentemente de com quem for o (con)trato.
A parcialidade familiar seria incompatível com a atitude imparcial diante dos cidadãos, exigida na esfera republicana. Deve-se execrar os privilegiamentos pessoais, infelizmente, uma longa tradição histórica brasileira.
Minha apresentação, em Seminário no IE-UNICAMP, do livro “A Grande Reversão Demográfica: Sociedades Envelhecidas, Desigualdade em Declínio e um Renascimento da Inflação“, lançado em inglês em 2020. Charles Goodhart e Manoj Pradhan se concentram nos efeitos sociais, políticos e econômicos da demografia e da globalização nas tendências de longo prazo. Essas tendências dos últimos 30 anos e dos próximos 30 são lentas e operam em nível global – e, em geral, não são analisadas no plano conjuntural.
A apresentação dura os primeiros 35 minutos, o restante é o debate do livro do Ademar Romeiro, “Civilização e Inovação“.
Quinta-feira, dia 08/09/2022, às 16:15, fui convidado para fazer uma exposição, seguido de debate, para a Associação Keynesiana Brasileira (AKB), sobre o Financiamento em Longo Prazo.
A Professora Maria da Conceição Tavares me ensinou: – Fernando, nunca diga nada sobre a economia brasileira sem apresentar evidências empíricas! Senão, dirão ser ideologia…
Necessitamos obter uma visão macrossistêmica das redes de interconexões. Assim, veremos os vínculos e/ou as interações entre os principais componentes da economia, por meio dos quais os riscos em um subsistema (pagamentos, gestão de dinheiro ou financiamento) podem afetar o sistema econômico-financeiro complexo, emergente de interações dele com os demais.
Ao compararmos as taxas de variações do PIB real entre Argentina, Brasil, China e Estados Unidos, nas duas primeiras décadas do século XXI, observamos os dois países periféricos terem feito uma disputa à parte em termos de depressões econômicas, ou seja, quedas absolutas do PIB. Em 21 anos, a Argentina “goleou” o Brasil de 10 X 3. As ocorridas no Brasil foram em 2015 (-3,5%), 2016 (-3,3%) e 2020 (-4,06%.
Recebi excelentes e gentis comentários sobre minha palestra, via Zoom, na UNIOESTE, realizada em 09/08/2021, com link acima para assistir no canal do YouTube (clique nele). Início da palestra propriamente dita no 39o. minuto. Compartilho-os abaixo.