Relatório de Gestão das Reservas Internacionais

Reservas Brasileiras 2007 X 2012

Alex Ribeiro (Valor, 09/12/13) informa que o Banco Central aumentou as suas aplicações em ienes pouco antes de a moeda japonesa sofrer uma forte desvalorização ante o dólar, como mostra a edição de 2012 do Relatório de Gestão das Reservas Internacionais. A autoridade monetária vem registrando perdas com esses investimentos, estimadas em US$ 1,5 bilhão em 2013, que são lançadas nas estatísticas como variação de paridade de moedas.

Em 2012, o Banco Central mais do que dobrou as suas aplicações em ienes, cuja participação nas reservas internacionais totais aumentou de 1% para 2,3%. Em termos absolutos, foi um incremento de cerca de US$ 5 bilhões, de US$ 3,5 bilhões para US$ 8,5 bilhões. Esse investimento perdeu valor porque, neste ano, o iene sofreu uma desvalorização de quase 20% ante o dólar. A cotação do iene caiu em virtude de um programa de expansão quantitativa feito pelo Japão para depreciar sua moeda e tentar acelerar o crescimento da economia.

A perda contábil, de cerca de US$ 1,5 bilhão, é pouco quando comparada com o volume das reservas internacionais, que no dado mais recente estava em US$ 376 bilhões. A prática é sempre avaliar o desempenho de uma carteira de acordo com o resultado do conjunto dos investimentos, e não apenas com o resultado de um único ativo, e também com uma visão de prazo mais longo, já que oscilações de preços no curto prazo podem se reverter mais adiante.

Continuar a ler

Top Executive Compensation 2013: Desnacionalização do Mercado de Trabalho de Executivos

Executivos estrangeiros

Edson Valente (Valor, 30/12/13) informa que, segundo o estudo Top Executive Compensation 2013, realizado pelo Hay Group, das 322 empresas pesquisadas no país, 38% disseram ter executivos vindos do exterior em seus quadros.

Foram computados, ao todo, 163 profissionais do exterior – 9% deles ocupando a presidência e 91% nos cargos de diretoria e vice-presidência. Entre as companhias que relataram contar com estrangeiros, 89% são multinacionais e 11% nacionais.

Continuar a ler

Rendimentos dos Diretores Financeiros no Brasil: Mérito Profissional e/ou Relacionamento Pessoal?

Vantagem Competitiva dos Executivos Brasileiros

Edson Valente (Valor, 11/12/13) informa que, “em 2014, os salários pagos para executivos de Finanças e de Contabilidade em grandes indústrias no Brasil estarão entre os maiores do mundo, de acordo com estudo realizado pela consultoria Robert Half.

Para chegar aos números que indicam os valores mínimos e máximos dos rendimentos brutos desses executivos no Chile, Brasil, Estados Unidos, Japão, Austrália e Reino Unido foram consultados 25 mil profissionais e candidatos a cargos financeiros e contábeis. As projeções para o ano que vem levam em conta as variações percentuais de reajuste esperadas para cada posição.

É nas empresas brasileiras que os diretores financeiros vão ganhar mais, tanto na faixa dos menores como na dos maiores salários auferidos. Os recebimentos mensais brutos para essa função aqui devem variar de US$ 12.870 (R$ 29.891) a US$ 34.320 (R$ 79.708) e chegarão a ser o dobro do que se paga nos EUA – lá, a variação será de US$ 11.833 a US$ 17.000. Já o teto do Chile para o cargo é de US$ 28.791 e só perderá para o do Brasil.

Continuar a ler